Avaliação diagnóstica das infecções por vírus Epstein-Barr, parvovírus B19 e vírus linfotrópico de células T humanas em pacientes portadores de lúpus eritematoso sistêmico em hospital de referência do Estado do Pará, Brasil
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Autor(es): Brasil-Costa, Igor; Silva, Mayara Jane Miranda da; Oliveira, Darleise de Souza; Freitas, Felipe Bonfim; Costa, Iran Barros; Meireles, Larissa Teixeira; Santos, Bruna Ramos dos; Oliveira, Andreza Paloma Góes; Melo, Juliana Marinho; Silva, Francinilza Magno; Araújo, Kelly Beatriz Romeiro; Polaro, Alessandra Alves; Moura, Antônio de; Macedo, Olinda; Monteiro, Talita Antônia Furtado; Silva Filho, Manoel Gomes da; Viana Júnior, Wellington Teixeira; Kahwage, Carolina Barros
O lúpus eritematoso sistêmico (LES) é uma doença autoimune crônica, cujo desenvolvimento pode estar associado à infecção por vírus, como o vírus Epstein-Barr (EBV), parvovírus B19 e vírus linfotrópico de células T humanas (HTLV). Durante o período de junho a setembro de 2014, foi realizado um estudo transversal, incluindo 85 pacientes oriundos do Hospital Jean Bitar, na Cidade de Belém, Estado do Pará, Brasil. Foi realizada a pesquisa de anticorpos específicos contra os agentes virais estudados, assim como pesquisa da presença do genoma para EBV e HTLV. Foram avaliadas também variáveis clínicas e epidemiológicas. A maioria dos pacientes eram mulheres, tinham média de idade de 30 anos e se declararam brancos. Para EBV, detectou-se positividade de 37,6% para IgM, 98,8% para IgG e 2,4% por qPCR, com quantificações de 85.028 e 298 cópias do genoma/mL de plasma. Para B19, a positividade para IgM foi 0% e para IgG 67,1%. Não houve detecção sorológica ou por qPCR de HTLV. Foi verificada relação estatisticamente significante entre a positividade para IgM anti-EBV e pacientes mais jovens. Esse achado pode estar relacionado com a maior eficiência na produção dessa imunoglobulina nas infecções primárias agudas, que ocorrem geralmente em indivíduos infantes ou adultos jovens. Adicionalmente, o resultado de IgG anti-B19 foi associado à idade avançada dos pacientes, provavelmente por um maior tempo de exposição ao vírus aliado à persistência desse marcador após o contato. A presença dos marcadores não esteve associada às variáveis clínicas e epidemiológicas. Entretanto, o percentual de positividade para o marcador de infecção aguda por EBV pode sugerir um envolvimento do vírus com o LES.
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