O equívoco da ontologia social antagonista e a crise de alienação da modernidade tardia: sobre a atualidade política da Teoria Crítica
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Autor(es): Rosa, Hartmut
Na teoria social e política contemporânea, tanto os pensadores da
esquerda como os da direita frequentemente partem da base de uma ontologia
social antagonista. Eles assumem como dado que existem conflitos e divergências de interesses irreconciliáveis entre os grupos sociais de modo que, como
Laclau, Rancière e outros supõem, conflito eterno não apenas é inevitável, mas
desejável, pois sua ausência não significa outra coisa que uma hegemonia incontestada de uma facção social particular. Isso corresponde a uma realidade social
na qual atores políticos simplesmente percebem uns aos outros como aliados
ou como inimigos e obstáculos que necessitam ser combatidos ou silenciados.
Uma realidade assim inevitavelmente produz um crescente senso de alienação
política. Esta contribuição, em contraste, defende que deveríamos partir de uma
ontologia social relacional, o que implica que relações sociais não estão dadas a
priori, mas são elas próprias produto de instituições e práticas sociais e políticas.
Consequentemente, as relações entre grupos sociais não necessitam ser antagonistas, mas podem assumir uma ampla variedade de formas. A Teoria Crítica,
por consequência, deveria enfocar a natureza e a qualidade de relações sociais,
físicas, temporais e espaciais nas instituições sociais. O texto segue, então, com
o desenvolvimento do arcabouço conceitual para esse tipo de análise baseada
na teoria da ressonância
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