Os exercícios de resistência no contemporâneo: entre fabulações e contágios
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Autor(es): Heckert, Ana Lucia Coelho
O artigo destaca as contribuições de Michel Foucault no que tange à noção de resistência. Os exercícios de
resistência desnaturalizam as evidências que compõem nossa vida cotidiana. São práticas anônimas e impessoais que
provocam fissuras nos modos de existência instituídos e fazem emergir novos problemas. Objetivou-se ressaltar a
positividade dos exercícios de resistência, diferenciando-os daquelas concepções que os abordam exclusivamente como
oposição ou reação a um processo instituído. As resistências são imprevisíveis, esboçam outros modos de ação coletiva e
desprezam os limites instituídos, imprimindo novos contornos nas formas de luta e nas práticas que se insinuam em meio
aos processos de sujeição que aviltam a vida. Com base nos debates desenvolvidos por Foucault apontamos que as
resistências são linhas desobedientes que problematizam os princípios de ordenação e conservação da vida. Os exercícios
de resistência fazem mutações nos modos de existência, de organização e sentido da participação política, de usos da
cidade, das formas de organização do trabalho, de produção do conhecimento e das redes de sociabilidade.
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