Soropositividade e fatores de risco associados à infecção por Toxoplasma gondii em pacientes atendidos no Laboratório Municipal de Oriximiná, estado do Pará, Brasil
Licencia: Creative Commons (by-nc)
Autor(es): Ramos, Raissa Cristina Ferreira; Palmer, João Pedro Siqueira; Dib, Laís Verdan; Lobão, Lucas Fernandes; Pinheiro, Jessica Lima; Santos, Claudijane Ramos dos; Uchôa, Claudia Maria Antunes; Bastos, Otilio Machado Pereira; Silva Júnior, Hirdes Pereira da; Fonseca, Ana Beatriz Monteiro; Amendoeira, Maria Regina Reis; Barbosa, Alynne da Silva
OBJETIVOS:
Avaliar a frequência de anticorpos anti-Toxoplasma gondii e os fatores de risco inerentes à infecção por esse parasito; e comparar técnicas de diagnóstico sorológico em pacientes atendidos no Laboratório Municipal de Oriximiná, estado do Pará, Brasil.
MATERIAIS E MÉTODOS:
Foram coletadas amostras de soro dos pacientes, além de informações socioeconômicas e ambientais via aplicação de formulário. As amostras de soro dos pacientes foram submetidas à pesquisa de anticorpos IgM e IgG, por meio de ensaio imunoenzimático (ELISA) indireto e reação de imunofluorescência indireta (RIFI).
RESULTADOS:
Das 521 amostras coletadas, a frequência de soropositivos para T. gondii foi de 68,7%. Em 51%, foram evidenciados somente anticorpos IgG e, em 17,7%, anticorpos IgG/IgM, perfil compatível com infecção aguda. Concordância quase perfeita entre ELISA e RIFI foi verificada na pesquisa de IgG (Kappa = 0,84). Na análise univariada, as variáveis significativamente associadas à positividade para T. gondii foram: faixa etária, consumo de folhas e hortaliças, resultado prévio positivo, ocorrência de aborto e presença de gato no domicílio. Já pela regressão logística, identificou-se que maior faixa etária, presença de gatos como animais de estimação e menor faixa de renda foram fatores que apresentaram maior risco à infecção por T. gondii.
CONCLUSÃO:
Foi evidenciada a elevada frequência de pacientes soropositivos para T. gondii atendidos no Laboratório Municipal de Oriximiná, bem como a falta de concordância em 100% entre RIFI e ELISA, demonstrando-se a necessidade de se utilizar mais de uma técnica laboratorial para a detecção de anticorpos anti-T. gondii.
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