1968 e a teoria social contemporânea, 50 anos depois: rebelião social, fragmentação ou nova cultura política?
Licencia: Creative Commons (by)
Autor(es): Pablo Emanuel Romero Almada
O artigo investiga as ressonâncias dos eventos de 1968 na teoria sociológica contemporânea, considerando os 50 anos dos ocorridos. Nesse sentido, 1968 foi entendido como um evento de significativos efeitos pelo globo, protagonizado inicialmente pelo movimento estudantil e que engloba cisões no radicalismo, novas configurações político-ideológicas, a crítica ao socialismo soviético e a abertura de uma perspectiva terceiro-mundista nas lutas sociais. Por isso, o evento serviu de base de reflexão para várias formulações teóricas do marxismo, da teoria crítica, do estruturalismo, do pós-estruturalismo e de correntes pós-modernas, cada qual com uma interpretação específica. Agrupando tais interpretações, encontram-se três abordagens distintas na teoria sociológica sobre os eventos: rebelião, fragmentação social e nova cultura política dos movimentos sociais. Portanto, como hipótese de leitura, agrupamos as três perspectivas interpretativas, as quais cumprem de forma geral uma identificação preliminar das análises realizadas nos últimos 40 anos. Assim, objetiva-se a construção de um amplo balanço histórico e sociológico no que diz respeito à sua compreensão dos acontecimentos de 1968, com enfoque na ressonância desses na elaboração teórica das últimas décadas. Esse balanço almeja investigar também como as disputas recentes em torno dos sentidos dos conflitos de 1968 se apresentam nas “comemorações” de 50 anos, ensejando as disputas de afirmação e negação dos sentidos dos contecimentos na teoria sociológica.
Compartir:
Una vez que el usuario haya visto al menos un documento, este fragmento será visible.