A caminho do Araguaia: três trajetórias militantes
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Autor(es): Rafaela N. Pannain
Este artigo analisa as trajetórias militantes de Maurício Grabois, Elza Monnerat e João
Amazonas, membros do Partido Comunista do Brasil enviados à região do Araguaia
para organizar um movimento armado contra a ditadura civil-militar instaurada com
o golpe de 1964. O objetivo é apreender o processo de construção do sentido
de um engajamento político que implicava em alto risco para os militantes. Em
diálogo com a literatura sobre movimentos sociais, são analisadas a disponibilidade
biográfica dos agentes, sua identificação ideológica com o movimento, suas redes
sociais e o impacto da repressão estatal. Mais velhos do que a média da esquerda
armada do período, esses militantes compartilhavam uma longa trajetória no partido
comunista, durante a qual as predisposições criadas com a socialização militante
foram corroboradas por mudanças no contexto político nacional e internacional,
experiências coletivas e individuais de perseguição, clandestinidade, prisão e pelas
mudanças ocorridas no interior da sua organização.◊
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