A captura da subjetividade pela violência simbólica da indústria cultural: da submissão à culpabilidade dos indivíduos
Licencia: Creative Commons (by-nc-nd)
Autor(es): Caniato, Angela
Cesnik, Claudia Cotrim
Rodrigues, Samara Megume
Neste artigo adentramos a profundidade do conceito de indústria cultural, cunhado por
Horkheimer e Adorno (1985), para atravessar suas imbricações com as fantasias inconscientes,
em especial as de natureza destrutiva. A violência simbólica da indústria cultural, quando
internalizada pelos indivíduos, veicula os modelos identificatórios exigidos pela sociedade
de consumo para universalizar a lógica da mercadoria entre todos eles. Essa perversão nos
processos de constituição das subjetividades conduz às suas estandardizações nos moldes que
Theodor Adorno identifica como de pseudoindivíduos, atados simbioticamente uns aos outros.
Existe uma similaridade entre esses conceitos adornianos e o de “sentimento inconsciente de
culpabilidade” de Freud, em que esse autor identifica processos de autopunição subjetiva
quando, sob a “mais-repressão social”, os indivíduos estão proibidos de reagir. O sadomasoquismo
sustenta a cumplicidade dos indivíduos com esse status quo opressor, orquestrado pelo engano
das ideologias difundidas pela indústria cultural. Será possível que esses indivíduos venham a
assumir as suas criticidades para tornarem-se construtores da cultura?
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