A contribuição da boa sociedade mageense no esforço de guerra contra o Paraguai (1865-1870)
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Autor(es): Silva, José Antônio Seixas da
No final de dezembro de 1864, o Império do Brasil declarou guerra contra a República do Paraguai. A convocação de Guardas Nacionais e de Voluntários da Pátria, seguida da partida do próprio Dom Pedro II para comandar as tropas no sul do país, despertou um entusiasmo patriótico na população. A duração da guerra, muito além da prevista, com elevados custos financeiros e em vidas, arrefeceu o entusiasmo inicial. A partir de 1866, o recrutamento passou a ser coercitivo. Na Província do Rio de Janeiro, a boa sociedade do Município de Magé, ou seja, sua elite política e econômica, mobilizou-se para a guerra. O presente artigo analisa as ações do Comando Superior da Guarda Nacional de Magé, da Sociedade Protetora Mageense e das Comissões Paroquiais de arrecadação de donativos para o Asilo dos Inválidos da Pátria. O recorte cronológico compreende o período de 1865, com a remessa dos primeiros soldados mageenses para a campanha na bacia do Rio da Prata, até o ano de 1870, que marca o fim do conflito. A revisão bibliográfica específica sobre a Guerra do Paraguai revelou a precariedade do Exército Imperial, o violento mecanismo de reposição de soldados e o uso político do agenciamento de recrutas. Através dos jornais publicados na Corte e dos relatórios ministeriais e provinciais, buscou-se determinar o contexto político e social em que ocorreu a mobilização mageense para o esforço de guerra da Tríplice Aliança.
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