A Covid-19 em múltiplas perspectivas: Volume 3
Editorial: Espaço Acadêmico
Licencia: Creative Commons (by-nc-sa)
Autor(es): Cheron, Cibele
Colomby, Renato Koch
Salvagni, Julice
Podemos afirmar que estamos vivendo um tempo de travessia no deserto. Tempo de janelas e de suspensão da vida, de toque físico, abraços, convívio próximo. De repente o cotidiano ficou achatado, sem intervalos e a vida entrou num parênteses. Vivemos uma desorganização da experiência do tempo e, para muitos, a experiência do abismo tornou-se presente, pois todos os sentidos inventados para as nossas vidas precisaram ser suspensos. E quem suporta a falta de sentido? De que a vida é feita? O real da pandemia pegou a cada um de nós exatamente onde o sapato aperta e o calo dói. O desafio de enfrentá-la tem sido uma experiência singular e coletiva simultaneamente.
Embora estejamos vivendo coisas muito diferentes singularmente, desde que a pandemia começou, há uma experiência que é comum a todos nós: não temos repertório simbólico que nos sirva de bússola. É nossa primeira pandemia, e isso nos lança num desamparo.
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