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.​​A flexibilização do trabalho como regra no capitalismo: conceituação e proposições teórico-analíticas

Editorial: Cadernos EBAPE.BR
Licencia: Creative Commons (by)
Autor(es): Tessarini Júnior, Geraldo ; Saltorato, Patricia ; Rosa, Kaio Lucas da Silva

O objetivo deste artigo é explorar a temática da flexibilização do trabalho no contexto do capitalismo flexível, com vistas a propor um
modelo teórico-analítico das diferentes classificações desse fenômeno. A partir de uma literatura de cunho crítico, apresentamos como
questão fundamental a compreensão sobre quais são as múltiplas manifestações de flexibilidade e como elas afetam os trabalhadores e
suas práticas produtivas. Buscando aventar o debate, o modelo proposto compreende 3 níveis analíticos interdependentes: flexibilidade
contratual, flexibilidade funcional e flexibilidade espaço temporal. Cada nível apresenta 2 subcategorias que permitem classificar e analisar
uma atividade de trabalho quanto a formas de vínculo, remuneração, conteúdo, autonomia, local de execução e duração. Ao longo do ensaio,
apresentamos uma definição alternativa ao conceito de flexibilização do trabalho e defendemos que se trata de um fenômeno incompatível
com o aprimoramento do processo de trabalho em favor dos trabalhadores, representando mais um movimento de acirramento do conflito
capital versus trabalho. Configura-se, portanto, num mecanismo de exploração dos trabalhadores e de ampliação da produtividade da força
de trabalho em busca de maior acumulação privada de capital.

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