A formação médica segundo uma pedagogia de resistência
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Autor(es): Pereira, Ondina Pena ; Almeida, Tãnia Mara Campos de
Discute-se, neste artigo, o estado atual das práticas educativas relativas à saúde e a visão fragmentária que estas
têm do ser humano, reduzindo-o a um corpo técnico, passivo, objeto de intervenções invasivas e por
medicamentos. Ao excluírem de seu horizonte de referência a dimensão totalizante do ser humano, tais práticas
deixam de abordar as injunções sociais, culturais, políticas e psicológicas presentes no desenvolvimento dos
estados de saúde/doença. Além disto, desconhecem a subjetividade dos atores envolvidos na produção da doença
e da própria cura, bem como desconhecem a si próprias enquanto artífices da modelagem de um tipo próprio da
subjetividade individualista moderna. Apresenta-se, assim, uma visão crítica da excessiva biologização dos
ensinamentos dominantes, surgida no interior mesmo de algumas escolas de saúde e que se favorece do saber
das Ciências Humanas. Por fim, indicam-se diretrizes teórico-metodológicas para uma proposta alternativa de
educação médica que considere o ser humano na sua globalidade, alteridade e condição de sujeito da sua própria
história, rompendo com as estruturas conservadoras, autoritárias e mercadológicas da formação médica atual.
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