A (INSISTENTE) PROBLEMATIZAÇÃO DO ESTRUTURAL VERSUS CONTEXTUAL PARA O TRATAMENTO DA SIGNIFICÂNCIA: UMA ANÁLISE DO ‘PARADOXO SEMÂNTICO’ À LUZ DA TEORIA DOS BLOCOS SEMÂNTICOS
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Autor(es): Julio Cesar MACHADO
O presente artigo elege a seguinte questão fulcral: como operar o confronto ou
aliança entre estrutura da linguagem e seu funcionamento para refletir a significância nesta/desta
relação? Para apreendermos esta problemática, mobilizaremos dois objetivos, que são questões
que inquietam o semanticista de qualquer filiação: como estabilizar, em Linguística, aspectos
teóricos diante de (a) estruturas fora do uso, ambiguamente semânticas, e também diante de
(b) estruturas que permitem vários usos, e por isso apresentam/produzem vários sentidos? Para
analisar tais objetivos, valer-nos-emos de uma definição de “paradoxo” enquanto corpus, que
nos permitirá operar, de fato, nosso objeto de estudo: o paradoxo semântico, neonoção que
observa contrários interdependentes, e que tomaremos enquanto noção técnica no interior da
Teoria dos Blocos Semânticos, de Carel e Ducrot, filiação teórica basilar desta pesquisa. Nossa
hipótese é confirmada pelos resultados obtidos: qualquer que seja o procedimento estratégico
que se opere ou que se nomeie, a significação estrutural é ponto de passagem e de retorno em
análise semântica, o que nos leva a concluir que, se não se pode entender o movimento sem
a ideia de inércia, não se pode trabalhar o sentido enunciativo sem a significação estrutural.
Tal condição parece ser imperativa em Semântica.
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