A medicalização do crime: a Penitenciária de Florianópolis como espaço de saber e poder (1933-1945)
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Autor(es): Rebelo, Fernanda ; Caponi, Sandra
Este trabalho discute a instalação do modelo penitenciário em Florianópolis, nos anos 30 do século passado, sob a
ótica do pensamento médico-higienista e suas interfaces com o jurídico. A partir da década de 1920, em
Florianópolis, observa-se a criação de diversos tipos de instituições de controle. Era necessário um moderno aparato
policial para controlar a população; havia o medo do contágio de doenças e o perigo das epidemias que vinham
junto com as aglomerações nos cortiços e sobrados. O centro da cidade deveria se tornar mais salubre para a
burguesia poder habitá-lo, mas antes, as pessoas “indesejadas”, como mendigos e prostitutas, deveriam ser
colocadas nos seus “devidos lugares”. O objetivo deste artigo é analisar de que modo esses “medos” que afetaram
todos os centros urbanos a partir do século XIX apareceram também em Florianópolis, e que estratégias foram
criadas para o seu controle, particularmente as construídas nas instituições prisionais.
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