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A morada da língua portuguesa

Editorial: Ensaio: Avaliação e Políticas Públicas em Educação Metrics
Licencia: Creative Commons (by)
Autor(es): Niskier, Arnaldo

Temos raízes latinas muito sólidas, o que não foi suficiente para que o Acordo Ortográfico de Unificação da Língua Portuguesa, assinado em 1990, alcançasse a unanimidade desejável. Em Lisboa há um movimento sincronizado para colocar em dúvida as razões lexicográficas das pequenas mudanças propostas. A escritora Lygia Fagundes Telles, falando na Academia Brasileira de Letras, pediu que liderássemos uma cruzada favorável à língua portuguesa. Devemos melhorar o atual índice de leitura (2,4 livros por habitante) e ampliar significativamente o número de bibliotecas públicas em todo o País. A Lei de Diretrizes e Bases da Educação Nacional, de 1996, é muito sóbria em relação aos cuidados com a nossa língua. De nada adianta ensinar a ler e a escrever sem a garantia da permanência dos alunos nas escolas, lugar de "leitura crítica" e interpretativa do que lhe chega por intermédio da imagem e do som. Temos um dado positivo que é a publicação, em alguns dos maiores jornais brasileiros, de colunas de valorização da língua portuguesa. Este é um movimento extremamente saudável. Devemos prestar atenção à introjeção de termos ligados ao nosso desenvolvimento científico e tecnológico. É um crescimento expressivo. A Academia Brasileira de Letras, a Casa de Machado de Assis, cumpre o que está no artigo 1º do seu Estatuto: zelar pela integridade da língua portuguesa. Para isso conta com o seu Vocabulário Ortográfico (600 mil verbetes) e o Dicionário da Língua Portuguesa, na versão escolar, ambos trabalho da sua ativa Comissão Lexicográfica, que tem à frente a figura respeitável do filólogo e gramático Evanildo Bechara. Cuida-se para que a invasão de estrangeirismos não se torne excessiva e se evite o que o crítico Wilson Martins chamou muito apropriadamente de "desnacionalização linguística".

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