A Perspectiva da Produção de Cuidado pelos Trabalhadores de Saúde Mental
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Autor(es): Amorim, Rafaela Gomes ; Lavrador, Maria Cristina Campello
O artigo apresenta uma análise sobre como os trabalhadores em saúde mental
pensam sobre as práticas de cuidado e como elas são efetivadas cotidianamente. Este trabalho
desenvolveu-se a partir de conversas com os profissionais da área, em que estes e a pesquisadora
puderam construir coletivamente a arte de contar histórias sobre os processos de trabalho de suas
experiências vivas, e de participação em espaços de discussão. Ao olhar para a história da loucura,
observa-se uma mudança nas práticas de cuidado, que, atualmente, caminham por limiares da
tutela e da liberdade. O cuidado é construído pelos afetos que perpassam os encontros entre
usuários e trabalhadores. Um olhar diferenciado nesta relação permitirá que os processos subjetivos
promovam novos modos de existência nos sujeitos. Porém, essa rede de afetações pode se deparar
com dificuldades cotidianas, precarizações do trabalho e práticas burocráticas, que podem impedir
a potencialização dos afetos entre os protagonistas do cuidado. É possível construir um trabalho
vivo diante destes obstáculos e transformar as prescrições para modos flexíveis a partir de posturas
ética-estética-políticas. Por isso, é preciso atentar-se para que modos de organização enrijecidos
não influenciem a relação trabalhador-usuário de forma que impeça o fluxo das afetações.
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