A Racionalização da Indústria da Reparação Automotiva e a Resistência dos Mecânicos aos Modelos de Competência e de Empreendedorismo
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Autor(es): Ferreira, Laura Senna
Oprocesso de racionalização da indústria da reparação automotiva, intensificado a partir dos anos 1990, está sujeito a contradições que revelam a diversidade dos interesses, das formas de negócio e
de trabalho no setor. No complexo automotivo, a esfera dos serviços
tem sido o eixo mais resistente aos processos de racionalização
(McIntyre, 1995), o que se deve à pulverização dos estabelecimentos, à
dificuldade de padronizar procedimentos, ao fato de o ramo concentrar um grande número de trabalhadores autônomos e de pequenas
empresas e, sobretudo, ao “estilo do ofício” do mecânico. O último refere-se a um determinado modo de ser e trabalhar e decorre de uma sociabilidade peculiar, na qual os homens aprendem uma “cultura técnica” e, com esta, uma forma de ser trabalhador que se mostra resistente
aos preceitos da eficiência e da produtividade fabril.
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