“A realidade obedecia a uma outra escala”: realismo afetivo em Azul corvo, de Adriana Lisboa
Licencia: Creative Commons (by)
Autor(es): Ribeiro, Renata Rocha
Na contemporaneidade o realismo como forma e abordagem narrativas tem sido
bastante comentado pela teoria e pela crítica. No contexto brasileiro, parte da crítica
especializada, ao tentar delimitar o contemporâneo, destaca o realismo em relação
direta com a superexposição da violência, vista como um dos principais temas de
hoje. Nesse sentido, expressões como “brutalista” (BOSI, 2002) e “realismo feroz”
(CANDIDO, 2011), por exemplo, perpassam as análises de obras que conjugam
violência e realismo. Todavia, a despeito da profusão de narrativas que se constroem sobre esse binômio, a proposta do presente artigo não é associar o realismo
à marginalidade ou à violência. Por meio da leitura do romance Azul Corvo, de
Adriana Lisboa, publicado em 2010, pretendemos trabalhar com a experiência do
que Schøllhammer identifica como “realismo afetivo” (2002, 2004, 2011, 2013).
Compartir:
Una vez que el usuario haya visto al menos un documento, este fragmento será visible.