A representação da cultura de consumo em Eles eram muitos cavalos, de Luiz Ruffato
Licencia: Creative Commons (by-nc)
Autor(es): Bezerra, Ligia
O romance Eles eram muitos cavalos (2001), de Luiz Ruffato, tem sido
foco de uma variedade de estudos, os quais têm explorado temas como
a expressão do real (Schøllhammer, 2007), a representação da violência
urbana (Lehnen, 2007) e da vida cotidiana (Sá, 2007), questões relativas
à cidadania (Harrison, 2005), à cidade globalizada (Paula, 2014) e à
modernidade (Rocha, 2012), para citar somente algumas abordagens. O
presente trabalho apresenta uma contribuição aos estudos da narrativa
em questão, com vistas a explorar a representação do consumo no
romance. Argumentamos que Luiz Ruffato, ao inserir múltiplas
referências a objetos de consumo como índices de realidade, enfatiza a
presença constante e inescapável da cultura de consumo no dia a dia de
grandes centros urbanos brasileiros como a cidade de São Paulo, onde
se passa a narrativa. Tais referências a mercadorias aparecem no texto
não como metáfora de uma força alienante que atua sobre consumidores
irracionais de um determinado grupo social, mas, sim, como um marco
de experiências de um número variado de indivíduos, criando
identificações, bem como reforçando divisões sociais
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