A teoria do discurso como base epistemológica de compreensão para a sociologia da ciência: aportes sobre a (des)fundamentação e a desconstrução das verdades absolutas
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Autor(es): Gabriel Bandeira Coelho
O presente artigo, de cunho teórico, tem como objetivo central apontar as
possibilidades de inserção e interpretação da teoria do discurso de Ernesto Laclau
e Chantal Mouffe para os estudos no âmbito da sociologia da ciência. Busca-se,
assim, propor a teoria do discurso como ferramenta teórica e epistemológica à
compreensão (sociológica) dos fenômenos que constituem o campo científico,
salientando sua possível operacionalidade e potencialidade para as pesquisas
que tomam a ciência como discurso. Dado seu olhar pós-estruturalista e pósfundacionalista, a teoria do discurso pode proporcionar novas possibilidades de
compreensão das complexas nuances que permeiam a produção de ciência, tanto
em nível epistemológico como político-institucional. Em suma, são apresentadas,
neste trabalho, as principais categorias de análise da teoria do discurso, como
discurso, antagonismo, agonismo, articulação e hegemonia, a fim de demonstrar
teoricamente que tal modelo teórico pode ser, de algum modo, incorporado aos
estudos sociais da ciência, seja em pesquisas teóricas ou empíricas.
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