Acontecimento e ato: reflexões da psicanálise sobre as repercussões de Maio de 1968
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Autor(es): Rosa, Miriam Debieux ; Ferreira, Isaías Gonçalves
O artigo surge da inquietação de psicanalistas diante do sucesso ou fracasso dos movimentos sociais
como resposta à atual crise institucional, política e social. Destacamos o dilema epistemológico e político presente
na indagação que percorreu o movimento de Maio de 1968: as estruturas descem ou não para a rua? O caminho
adotado é examinar os efeitos do movimento e cotejá-los com as concepções teóricas de Lacan. O saldo que
obtemos desse balanço crítico foi considerar Maio de 1968 como um acontecimento que nos lembra de que é
possível estruturar uma nova forma de política. Nomear a vergonha dos excessos nos laços sociais de nosso tempo
pode conferir dignidade ao significante e produzir um ponto de basta pela dimensão da ética e da singularidade.
Tal posição produz giro discursivo, incitado pela coragem de ter uma idéia e a possibilidade de reinvenção do laço
social por sucessivas subversões e revoluções.
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