Alcoolismo e tabagismo como fator de risco para a ocorrência tardia da doença de Alzheimer: Estudo de meta-análise
Licencia: Creative Commons (by-nc)
Autor(es): Fontelles, Mauro José; Carvalho, Raimundo Miranda de; D'Oliveira, Marcelo Silveira
OBJETIVO: estudar, em pacientes idosos, o uso de álcool e fumo como fatores de risco para a ocorrência tardia da doença de Alzheimer.
MÉTODO: utilizando-se o modelo estatístico de meta-análise, os autores avaliaram 12 trabalhos científicos, sendo seis com alcoolismo e seis sobre tabagismo, todos do tipo caso-controle, previamente publicados pela MEDILINE, período de 1984 a 1999, os quais investigaram a associação entre estes fatores de risco e a doença. A odds ratio (OR) e o intervalo de confiança de 95% foram calculados segundo o método de Mantel- Haenszel. Os valores de p foram obtidos com o programa Epi Info, versão 6.04c. Considerou-se o nível alfa igual a 5%.
RESULTADOS: do total dos estudos avaliados, verificou-se que o uso de álcool, como fator de risco, não esteve associado ao desenvolvimento tardio da doença de Alzheimer (OR=0,98; IC95% 0,63-1,52 e p-valor=0,996). Porém, nestes pacientes, o tabagismo atuou como fator de proteção para a ocorrência da doença (OR=0,70; IC95% 0,57 a 0,85 e p-valor=0,0004).
CONCLUSÃO: neste estudo, o alcoolismo não influenciou na ocorrência tardia da doença de Alzheimer. Por outro lado, em pacientes com história pregressa de tabagismo, a chance do aparecimento tardio da doença foi 30% menor quando comparada aos pacientes sem história clínica desse tipo de fator de risco, demonstrando ser o uso do fumo um fator de proteção para a doença em questão.
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