Algoritmos e autonomia: relações de poder e resistência no capitalismo de vigilância
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Autor(es): Meireles, Adriana Veloso
O fenômeno do monitoramento automatizado das experiências privadas, realizado
por algoritmos inteligentes, com a intenção de induzir certos comportamentos, é
conceituado na literatura como capitalismo de vigilância. O artigo acrescenta alguns
elementos a essa teoria a partir dos seguintes argumentos: a falta de transparência
dos algoritmos impossibilita inferir com precisão sua capacidade de modulação
comportamental; a formação das preferências é um processo complexo e maleável,
que abrange estratégias de resistência e subversão; para que a dominação ocorra,
é necessário que haja conformidade dos dominados, o que não se observa a partir
de marcos normativos em vigência; por fim, o exercício do poder é diferente de sua
capacidade de influência. A partir desses pontos, conclui-se que é necessário regular
o próprio funcionamento dos algoritmos como complemento à proteção de dados
pessoais.
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