As raízes transnacionais da Revolução Cubana
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Autor(es): Queiroz, Alexandre
O impacto da Revolução Cubana na América Latina é um tema muito abordado na historiografia, visível, ainda hoje, no debate público da região, em movimentos sociais, na dimensão cultural, etc. Todavia, ainda se resguarda um mito de afirmação da força revolucionária nacional para explicar o triunfo dos guerrilheiros e a sua coalização de aliados. O êxito da Revolução tem um caráter quase épico: desde a derrubada da Ditadura de Fulgêncio Batista (1952-1959), nas idas e vindas do grupo revolucionário a partir do fracassado assalto ao Quartel de Moncada (1953) e na formação da guerrilha em Sierra Maestra; passando pelo processo em si, com as lutas na sierra e nos llanos, até a entrada na capital Havana (1959); culminando com a formação de um governo que se declarou a princípio nacionalista e anti-imperialista, para depois desbravar a trilha do Socialismo (1961), em plena Guerra Fria. Essa forma de narrar a revolução, em tom épico, retomando um passado cubano de lutas anticoloniais e anti-imperialistas, se espraiou pela América Latina. Como observou Thomas Wright em Latin America in the Era of the Cuban Revolution (2001
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