Autismo e memória: neurociência e cognitivismo à luz da filosofia de Henri Bergson
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Autor(es): Lima, Rossano Cabral
Este artigo tem como objetivo investigar a relação entre autismo
e memória, tomando como referência as teses do filósofo francês Henri
Bergson, em interlocução com o paradigma cognitivista e o campo das
neurociências. A partir da perspectiva bergsoniana, defendemos haver
no autismo uma dissociação precoce entre memória e ação corporal,
levando à dificuldade em usar as experiências passadas para iluminar
a situação atual. A memória autista, sem a bússola pragmática, vaga
sem função precisa, resultando ora na incapacidade do sujeito em se
localizar nos contextos e em sua própria história, ora em prodígios
mnêmicos pouco úteis para a autonomia e a vida social. O autismo
pode, portanto, ser entendido como transtorno da memória pragmática
ou perturbação da atenção à vida, afetando a capacidade dos
indivíduos de responder criativamente aos obstáculos do cotidiano
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