Autolesão não suicida em mulheres jovens: compreensão dos significados envolvidos no ato autolesivo
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Autor(es): Cronemberger, Gerlany Leal ORCID ; Silva, Raimunda Magalhães da
A autolesão entre mulheres jovens é problema de saúde pública ainda pouco conhecido e compreendido por pais, educadores e profissionais de saúde. Procurou-se compreender o comportamento autolesivo em mulheres jovens numa perspectiva do significado, ações e interpretação da situação vivenciada. Trata-se de pesquisa com abordagem qualitativa que utilizou entrevista semiestruturada para coleta de dados, no período de janeiro a março de 2020. Os dados foram organizados pelo programa MAXQDA e analisados com base no Interacionismo Simbólico. As cinco entrevistadas são jovens educadas pelas mães, possuem pouco ou nenhum contato com os pais. Narraram histórias de abuso sexual, rejeição paterna, bullying e baixo acolhimento no ambiente escolar. Estabeleceram uma percepção pessimista de si, oriunda de interpretações próprias e de suas interações sociais. Enxergaram a autolesão como refúgio. Praticaram a autolesão quando estavam sob sentimentos negativos insuportáveis. Viviam num ciclo de substituição do sofrer psicológico pelo padecimento físico. Todas admitiram possuir temperamentos ansiosos, baixa autoestima e inabilidades socioemocionais. A autolesão tem vínculo direto com os significados que essas jovens se atribuem. Nas escolas, a incorporação de conhecimento sobre bem-estar deve ser estimulada para a formação de pessoas mais eficazes na resolução de problemas.
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