Biotecnologias, transformações corporais e subjetivas: saberes, práticas e desigualdades
Editorial: ABA
Licencia: Creative Commons (by-nc-sa)
Autor(es): Rohden, Fabiola
Pussetti, Chiara
Roca, Alejandra
Esta coletânea apresenta 12 trabalhos inéditos que discutem o
papel das biotecnologias nos processos de produção ou transformação corporal e subjetiva, atualmente, por meio de investigações sediadas no Brasil, em Portugal e na Argentina. É resultado da articulação
promovida pela Rede de Investigações Biotecnologias, Saúde Pública
e Ciências na Vida que integra pesquisadoras e pesquisadores dedicadas/
os a investigar a produção e repercussões do conhecimento e práticas
biotecnológicas em diversos cenários. O eixo central das discussões gira
em torno de como novas possibilidades tecnocientíficas direcionadas
ao corpo e estruturadas nas chamadas Ciências da Vida traduzem uma
série de tensões características das sociedades contemporâneas. Uma das
mais fundamentais, a partir das contribuições aqui propostas, talvez
seja entre o foco no aprimoramento individual ou na saúde coletiva.
Esta tensão pode ser associada ao próprio processo de medicalização da
sociedade, transcorrido ao longo do século XX e que se caracteriza, sobretudo, pela transformação de condições antes consideradas “normais”
do decorrer da vida (como envelhecimento, gestação, puberdade) em
objetos de intervenção pela Medicina (Conrad, 2007). Mais recentemente, o desenvolvimento de novas biotecnologias tem provocado uma
certa inflexão neste cenário e produzido contornos particulares, o que
tem sido melhor traduzido pelo conceito de biomedicalização.
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