CENTRALIZAÇÃO DO CAPITAL NO SETOR IMOBILIÁRIO E RECONFIGURAÇÃO DAS METRÓPOLES
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Autor(es): Mercator (Fortaleza)
Na esteira das transformações recentes nos negócios imobiliários no Brasil, muitas pesquisas abordaram as
repercussões econômicas e socioespaciais da formação de grandes grupos empresariais com abrangência
nacional. Na discussão sobre as forças econômicas que viabilizaram a expansão de um grupo pequeno de
incorporadoras, é recorrente (embora implícito) o entendimento de que o caráter tardio do processo de centralização do capital nos negócios imobiliários decorreria do poder das elites regionais de preservarem para
si o segmento imobiliário como órbita exclusiva de valorização de seus capitais. Embora reconhecendo que
o argumento possa ter validade parcial, pretende-se, aqui, argumentar que o ingresso tardio dos negócios
imobiliários na dinâmica de formação de grupos econômicos nacionais decorre, prioritariamente, do caráter
singular da mercadoria imóvel, que impõe uma série de obstáculos à centralização do capital no setor. O
artigo organiza-se em três partes. Inicialmente, oferecemos alguns apontamentos teóricos em torno do conceito de centralização do capital. Em seguida, na segunda seção, discutimos as circunstâncias econômicas
que diferenciam o processo de centralização no setor imobiliário. Por fim, refletimos sobre a relevância do
conceito de centralização do capital para pensar as mudanças urbanas recentes.
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