Comunicação e saúde nos manuais dos organismos internacionais para situações de emergência e desastre: intervenção e hegemonia
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Autor(es): Lindenmeyer, Luciana ; Martins, Carla Macedo
O artigo analisa o discurso dos organismos
internacionais sobre comunicação em saúde
na situação de ‘emergência e desastre’, a
partir de dois manuais, um produzido pela
Organização Mundial de Saúde (OMS),
outro pela Organização Panamericana
de Saúde (OPAS). A análise considera
a atuação destes organismos como
determinada pela lógica da ‘intervenção’,
que tende a apagar as desigualdades sociais
produzidas pela forma societária do capital
em âmbito nacional e mundial. Tal lógica
se expressa, nos manuais, nos sentidos
de ‘população’, ‘emergência e desastre’ e
‘comunicação’. O artigo conclui indicando
que são produzidos os seguintes efeitos
discursivo-ideológicos: uma desconexão
entre a emergência e o desastre e a vida
social; uma legitimação da desigualdade
inter-nações; uma desresponsabilização do
Estado nacional em relação às condições
sociais de saúde desumanas; e uma
perspectiva linear e instrumental da
comunicação.
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