Contando o Atraso Educacional: Despesas e Matrículas na Educação Primária de São Paulo (1880-1920)
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Autor(es): Colistete, Renato Perim
Ao final do século XIX, o atraso educacional do Brasil era uma realidade há muito reconhecida por publicistas, políticos e governantes. Por volta de 1900, a taxa de matrícula nas escolas primárias do país
chegava a apenas 29 crianças por 1.000 habitantes, enquanto Estados
Unidos (203), Canadá (185) e Alemanha (158) alcançavam índices mais
de cinco vezes maiores. Mesmo na América Latina o Brasil situava-se
entre os países com as menores taxas de matrícula, muito atrás, por
exemplo, de Argentina (98), Uruguai (79), Peru (72) e Chile (68) (Brasil, 1916: CCXX-CCXXI; Brasil, s.d.:1398). Os números do Brasil eram
o reflexo das políticas educacionais implementadas por províncias e,
depois, estados. Desde a lei geral de 15 de outubro de 1827, corroborada pelo Ato Adicional de 12 de agosto de 1834, a instrução primária
permaneceu sob jurisdição das províncias, atribuição igualmente conferida aos estados pela Constituição republicana de 18911
.
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