Controle da filariose linfática no Brasil, 1951 - 2000
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Autor(es): Medeiros, Zulma; Menezes, José Alexandre; Cesse, Eduarda Pessoa; Lessa, Fábio
No artigo de revisão, são analisadas as ações de controle da filariose no Brasil, no período de 1951 a 2000, avaliando o seu desempenho, na perspectiva da eliminação da doença filarial como um problema de Saúde Pública. Para tal, foi realizada pesquisa histórica a fontes bibliográficas, publicações, relatórios e outros textos referentes às características e à efetividade de campanhas e programas específicos no controle dessa endemia. Durante cerca de cinco décadas, as ações foram estruturadas numa lógica centralizadora, cujas atividades se baseavam na identificação dos indivíduos infectados. Os determinantes que levaram aos insucessos das campanhas e programas foram decorrentes de diversos elementos, entre eles a falta de uma política de saúde; da estrutura do modelo de assistência; da execução de ações nos diversos níveis da rede; além de defender um tipo de intervenção com caráter exclusivamente biológico e verticalizado, e da ausência da participação da comunidade, entre outros. Nova proposta surgiu em 1996 com o Plano Nacional de Eliminação da Filariose Linfática, ainda em fase de execução. O plano mostra-se inovador, uma vez que suas ações são baseadas numa articulação entre as esferas de governo e em obediência ao princípio do Sistema Único de Saúde (SUS), sendo sua coordenação delegada às Secretarias de Estado de Saúde e a execução às Secretarias Municipais de Saúde. A partir dessa proposta, o estudo das campanhas e programas especiais utilizados nas ações de controle da filariose no Brasil, poderá, ao longo dos anos, fornecer subsídios à melhor adequação do atual plano no país.
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