Corpo e automutilação na esquizofrenia
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Autor(es): Milagres, Andréa Franco
O artigo discute o estatuto do corpo na esquizofrenia a partir de
reiterados episódios de automutilação. O corpo é abordado a partir
das referências freudianas sobre o narcisismo, e de J. Lacan sobre o
Estádio do Espelho, propondo tomar o narcisismo como um nó
fundamental e discutindo as possíveis conseqüências de uma falha nesta
função psíquica. Utilizamos como procedimento o estabelecimento de
um paralelo entre um caso clínico e as discussões trazidas por Lacan
em dois diferentes momentos a respeito da noção de corpo.
Primeiramente a partir do caso de Lol V. Stein, no romance O
deslumbramento, de Marguerite Duras, e, posteriormente, a partir do
caso de James Joyce, especificamente no episódio da surra, relatado
por ele em Um retrato do artista quando jovem. À guisa de conclusão,
apontamos que a solução encontrada por nosso sujeito difere dos dois
casos comentados por Lacan, mas visariam a uma operação
semelhante: constituir um corpo definido enquanto superfície onde
algo se inscreve introduzindo um sinal negativo.
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