Corpos Partidos: adornos cerimoniais, benzimentos rituais e a estética da produção no alto Rio Negro
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Autor(es): Costa Oliveira, Thiago Lopes da
Nos últimos três meses do ano de 2012, analisei, ao lado do patriarca
dos Baniwa-Hohodeni, Laureano Valência, centenas de artefatos recolhidos
entre os mais diversos povos que compõem o mosaico étnico da região do
alto rio Negro (ARN) – povos de origem Tukano, Arawak e Maku.1
Fazíamos
isso a partir de fotografias que eu captara nos principais museus etnográficos do Brasil.2
O trabalho na reserva técnica do Museu Paraense Emílio Goeldi,
realizado em agosto daquele mesmo ano, deixara-me especialmente entusiasmado. Dentre os objetos fotografados, eu encontrara alguns dos poucos
adornos rituais recolhidos entre os Baniwa, em toda a longa história do
colecionismo rionegrino. Eles haviam sido coletados por Koch-Grünberg,
no remoto ano de 1904, na mesma região onde mais de 100 anos depois, eu
realizava meu trabalho de campo (Cf. Koch-Grünberg 2005:195-97).
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