De Adorno a Marx: política e fetichismo
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Autor(es): Caio Vasconcellos
O objetivo deste artigo é comparar aspectos das interpretações de Karl Marx em 18
brumário de Luís Bonaparte e no ensaio Teoria freudiana e o padrão da propaganda
fascista de Theodor Adorno, a respeito do caráter fetichista que se incorpora a
instituições e fenômenos políticos no mundo burguês – tanto em sua aurora, quanto
em seu desenlace tardio. Em ambas as interpretações há uma curiosa reincidência
de personagens e certos procedimentos que estimulariam o povo a agir como massa.
Se é possível sublinhar, nas análises de Marx sobre a ascensão de Luís Bonaparte,
consequências para a centralização e racionalização do aparato estatal, ressalta-se,
por outro lado, o aspecto mitológico e fantasmagórico que organizaria o interior
da esfera política. Ao perscrutar o fenômeno do nazifascismo e do antissemitismo
moderno, Adorno desenvolve uma interpretação a respeito das bases objetivas e
dos mecanismos subjetivos envolvidos na dinâmica da relação entre o líder fascista
e a massa de seus seguidores. Também aqui se verifica a atuação de fenômenos
fetichizados.
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