De uma psicopatologia geral a uma psicopatologia fundamental. Nota sobre a noção de paradigma
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Autor(es): Fédida, Pierre
Este artigo examina a seguinte questão: existiria uma abordagem
especializada do humano que, sem ser nem uma psicologia nem a
psiquiatria, tenha os meios metodológicos de um projeto de observar
e descrever os distúrbios psíquicos e compreender seu acontecimento
fenomenal singular no cerne da generalidade da experiência?
A questão se acha colocada desde 1910 por Karl Jaspers nos
trabalhos que precedem a publicação, em 1913, de sua Psicopatologia
Geral.
A partir daí, o problema ao qual nos encontraríamos
confrontados é o da condição fenomenológica da psicopatologia, ou
seja, a vontade de não fazê-la resultar e depender da psicologia. E se
a psiquiatria é, há um tempo relativamente longo, um terreno de
observação e de pesquisa racional de classificações, é preciso constatar
que suas práticas empíricas foram, há muito, consideradas impotentes
para conduzir à constituição de uma psicopatologia.
Dessa forma, o autor é levado a argumentar que seria, então,
conveniente pensar o projeto de uma psicopatologia fundamental como
um projeto de natureza intercientífica, em que a epistemologia
comparativa dos modelos e de seu funcionamento teórico-crítico
desempenharia o papel determinante de uma consciência de seu limite
de operatividade e de sua aptidão a transformarem-se uns aos outros.
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