Designação sexual em crianças intersexo: uma breve análise dos casos de "genitália ambígua"
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Autor(es): Guimarães, Anibal ; Barboza, Heloísa Helena
Sob uma perspectiva ética, este trabalho tem como objetivo oferecer uma breve análise das recomendações terapêuticas que, no Brasil, são atualmente propostas para o diagnóstico de intersexualidade em crianças. A vertente explorada é a
da “genitália ambígua”, considerada como uma
das “anomalias da diferenciação sexual” (ADS).
Salvo situações em que, de fato, existe risco de vida para os bebês diagnosticados como intersexo,
não se verifica, na literatura internacional, consenso médico e institucional quanto à própria
definição do que se denomina intersexo, nem
tampouco quanto às recomendações terapêuticas propostas para o caso em questão. Cabe aos
pais do incapaz, ou a seus responsáveis legais, a
autorização para a realização de tais procedimentos. Dada a irreversibilidade que caracteriza alguns dos citados procedimentos, merecem
atenção os relatos de pessoas intersexo que, em
sua vida adulta, não reconhecem os benefícios
físicos e psicossexuais que justificariam as intervenções sofridas em sua infância e adolescência.
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