Determinantes da separação entre propriedade e gestão nas cooperativas agropecuárias brasileiras
Licencia: Creative Commons (by)
Autor(es): Costa, Davi Rogério de Moura
Azevedo, Paulo Furquim de
Chaddad, Fabio Ribas
As cooperativas agropecuárias brasileiras geralmente são organizações complexas e de propriedade difusa. Entretanto, 48% dessas
organizações não promovem a desvinculação dos proprietários das
decisões de gestão, contrariando o que é estabelecido pelo preceito
teórico dominante para empresas – cooperativas e não cooperativas –
similares. Diante desse desalinhamento, neste artigo investigaram-se
os possíveis determinantes da separação entre propriedade e gestão
nessas organizações. Na medida em que o processo de separação
compreende diferentes relações de agência, foram utilizados respectivamente os modelos logit e tobit para estudar o que determina
a delegação do direito de controle formal pelos proprietários ao
conselho de administração e a divisão do processo decisório entre
os membros do conselho e o executivo responsável pela gestão.
Dentre os resultados encontrados, destaca-se o fato de complexidade
e propriedade difusa não terem se mostrado relevantes para explicar a separação entre propriedade e gestão, diferentemente do que
ocorre em sociedades anônimas. Em contrapartida, características
do conselho de administração (tamanho, alocação de autoridade
formal, limites à reeleição, reputação e esforço) têm importante
papel na determinação da ocorrência de separação. Por tratar-se do
primeiro trabalho a abordar o problema do controle em cooperativas
agropecuárias, novas pesquisas empíricas são desejáveis.
Compartir:
Una vez que el usuario haya visto al menos un documento, este fragmento será visible.