Diagnóstico precoce e progressão da tuberculose em contatos
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Autor(es): Freire, Denison Noronha; Bonametti, Ana Maria; Matsuo, Tiemi
O objetivo deste trabalho é o de estimar o rendimento do exame radiológico pulmonar, como recurso de diagnóstico precoce de tuberculose nos contatos, e o risco de casos secundários entre contatos de casos-indices. Realizou-se uma análise retrospectiva de uma coorte de 3.091 contatos de 879 prontuários de casos de tuberculose atendidos no Ambulatório de Pneumologia Sanitária de Londrina, Município do Estado do Paraná, Brasil. A associação entre alteração radiológica inicial e a ocorrência posterior de tuberculose nos contatos foi avaliada pela estimativa de risco relativo, confirmada em 13,7%. O resultado do exame radiológico pulmonar, realizado em contatos quando da inscrição dos casos-índice, foi avaliado como diagnóstico precoce da doença; 4,3% dos contatos (73/1.698) foram classificados como suspeitos. O adoecimento nos contatos foi estimado pela curva de Kaplan-Meyer; e seu risco de adoecimento, pela incidência acumulada e densidade de incidência. O risco de adoecimento nos contatos com exame radiológico suspeito foi 6,13 vezes maior, comparativamente ao dos contatos com exame normal. A probabilidade de ocorrência da doença nos contatos, em cinco anos, foi de aproximadamente 2%. Conclui-se que o exame radiológico é importante na triagem dos contatos; porém, seu rendimento foi insuficiente no diagnóstico precoce, persistindo o risco da doença durante o período de cinco anos.
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