Diálogos da cidade no contexto pandêmico
Editorial: UFPEL
Licencia: Creative Commons (by-nc-sa)
Autor(es): Ribeiro, Cristine Jaques
Krüger, Nino Rafael Medeiros
Rovere, Tuize Silva
A edição atual de Diálogos da Cidade pretende evidenciar os processos históricos que sofrem as populações em seus territórios e que, no contexto da pandemia da covid-19, “se escancaram” na dimensão da política atual do Estado brasileiro. Para tanto, a perspectiva epistemológica presente é heterogênea, pois dialoga com diferentes bases teóricas, das marxistas às foucaultianas, e ainda se ampara na práxis e nas vivências empíricas. Esse diálogo revela a potência de uma escrita que exige outras bases, que se manifestam decoloniais e buscam outros saberes para denunciar os processos de desigualdades, marcados pela colonialidade imposta.No entanto, vale afirmar que, durante as problematizações contextualizadas nos capítulos, é possível identificar o movimento das populações para reinventar os significados produzidos sobre seu dia a dia que subvertem a dimensão de espaços de convivência para territórios de existência. Ou seja, do rural ao urbano, os modos de existência continuam denunciando a política de morte, política essa imposta pelo sistema capitalista a qual se acirrou no atual contexto pandêmico. Diálogos da Cidade tem como objetivo reafirmar as vozes que ecoam nos diferentes territórios e, a partir da aliança ético-estético-política, evidenciar uma outra existência não reconhecida pelo Estado soberano. Trata-se de uma outra estética que se reconhece na diferença, mas que, em razão da diferença, sua “errância” se torna alvo da negação do acesso aos direitos sociais e humanos. São corpos que não se adequam ao padrão social imposto. São corpos que ocupam a terra e denunciam a defesa da propriedade privada, sendo essa a origem que fortalece o discurso de morte: discurso que segrega, expulsa, rotula e pune.
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