Direito e psicanálise: uma relação "ilegítima"?
Licencia: Creative Commons (by-nc-nd)
Autor(es): Christopoulou, Vassiliki-Piyi
Este artigo se propıe estudar alguns aspectos das interaÁıes
entre direito e psican·lise e seus prolongamentos no campo polÌtico sob uma perspectiva
epistemolÛgica, histÛrica e conceitual. Longe de esgotar o assunto, essas consideraÁıes buscaram insistir no que resta inexplorado dessa relaÁ„o complexa, qualificada por muitos como
ìilegÌtimaî, mas cuja fecundidade e parentescos problem·ticos tento demonstrar. ApÛs tornar
ìlegÌtimaî uma colaboraÁ„o que n„o parece evidente, e apÛs retomar um Freud que se expressa freq¸entemente como jurista, este artigo retoma os limites de tais interaÁıes. Pois se a
articulaÁ„o do individual e do coletivo È uma constante na obra freudiana, o mÈtodo analÛgico
entre processos psÌquicos individuais e coletivos, que constituem uma problem·tica diferente, n„o encontrou um eco favor·vel. A hipÛtese da transmiss„o de traÁos mnÍmicos nas massas certamente contribuiu para isso. Isto n„o deveria, contudo, obscurecer o fato que essa
parte da obra freudiana mereceria ser mais explorada em suas dimensıes metapsicolÛgicas,
sociolÛgicas e polÌticas. Com efeito, a histÛria das idÈias e a histÛria da prÛpria psican·lise,
enquanto histÛria da produÁ„o das obras e dos conceitos, assim como a de seus criadores, sÛ
pode se enriquecer com isso, tal como È o caso da InterpretaÁ„o dos Sonhos.
Compartir:
Una vez que el usuario haya visto al menos un documento, este fragmento será visible.