DISCURSO JORNALÍSTICO E A SUPOSTA IMPARCIALIDADE: OS MODOS DE APROPRIAÇÃO DO DISCURSO DE OUTREM COMO INDICATIVOS DE POSICIONAMENTOS IDEOLÓGICOS
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Autor(es): Siane Gois Cavalcanti RODRIGUES
André Cordeiro dos SANTOS
Tomando parte na discussão que há no campo da teoria do jornalismo sobre a
objetividade e a subjetividade, e falando do lugar da linguagem, neste trabalho, propomos que
os modos de apropriação do discurso de outrem podem ser um meio à resolução desse impasse,
pois levantamos a hipótese de que eles evidenciam posicionamentos sócio-ideológicos do
sujeito-jornalista em relação ao objeto de enunciação. Para tanto, partimos da concepção de
linguagem do chamado Círculo de Bakhtin e tomamos notícias dos dois jornais mais lidos do
estado de Pernambuco, Diário de Pernambuco e Jornal do Commercio, respectivamente, sobre
Eduardo Campos, candidato à presidência do Brasil em 2014. As análises feitas mostraram que
os modos de apropriação do discurso de outrem podem servir a efeitos de sentidos diversos
entre si e que, quando da apropriação do discurso de outrem, o sujeito-jornalista não cede
lugar ao outro, mas, sim, fala junto com ele, evidenciando posicionamentos ideológicos por
meio das notícias.
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