Ditadura e Insurgência na América Latina: Psicologia da Libertação e Resistência Armada
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Autor(es): Hur, Domenico Uhng ; Lacerda Júnior, Fernando
Este artigo discute como a luta insurgente contra o terrorismo de Estado no Brasil e
na América Latina resultou na produção de novas ideias na Psicologia e como transformou as
formas de participação política dos sujeitos que aderiram a práticas radicais de luta política.
Os procedimentos de investigação foram revisão bibliográfica e entrevistas semidiretivas com
quatro ex-guerrilheiros brasileiros e um colombiano. Na revisão, foram consultadas obras sobre
Psicologia da Libertação, ditadura militar e guerrilha armada. Na análise das entrevistas, foram
selecionados conteúdos que se referem ao processo de conscientização dos entrevistados.
Constata-se que a atividade insurgente possibilitou a emergência de ideias e práticas na
Psicologia que buscam a construção de relações sociais justas. A insurgência também foi a
condição de possibilidade para a criação de novas experiências e reflexões sobre a atividade
política dos participantes da luta armada contra a ditadura. Tomar a perspectiva da insurgência
nos faz compreender os momentos de crise pelo seu potencial de transformação e emancipação.
Seja no âmbito da Psicologia como ciência e profissão, que se desloca de uma posição adaptativa
e normalizadora, para uma crítica e transformadora, ou nas experiências de militantes expressas
como “subjetividades insurgentes” que buscam transformação e revolução.
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