Dois casos na disputa paradigmática do trabalho de socioeducador
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Autor(es): Rosalvo Negreiros de Oliveira Júnior
Marcílio Dantas Brandão
Inquietados com a experiência de Antônio Carlos Gomes da Costa que, no
auge da ditadura militar, implementou uma inovadora ideia de atendimento
educacional de adolescentes em privação de liberdade, resgatamos seu relato dessa
experiência em Minas Gerais e o cotejamos ao processo de constituição recente
da categoria de trabalho de socioeducadores no Ceará, para realizar uma análise
comparada das dinâmicas afetivas das duas experiências. À luz da teoria afetiva
de Spinoza, associada à sociologia configuracional de Norbert Elias, postulamos
que na experiência mais recente abundam medo e vergonha, enquanto no caso
pregresso predominam reconhecimento e aprovação em relação ao trabalho hoje
denominado de socioeducador. Por fim, identificamos os polos paradigmáticos da
configuração desta categoria de trabalho nas distintas épocas e constatamos que a
polaridade se reproduz nas duas experiências com alternância de posição e forma
nas disputas entre um paradigma autoritário e outro institucional democrático.
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