“E TUDO FICA MELODIA” – OBSERVAÇÕES SOBRE A VERSIFICAÇÃO DO FAUSTO DE JENNY KLABIN SEGALL
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Autor(es): Helmut Paul Erich Galle
O artigo analisa a tradução do Fausto de Goethe, realizada por Jenny Klabin Segall em relação aos versos usados no texto de partida e no texto de chegada. Considerando a estrutura plurimétrica do Fausto e as diferenças entre as prosódias alemã e portuguesa, analisa-se a estrutura métrica em exemplos de vários trechos do drama, comparando cada vez as decisões de Goethe e as opções da tradutora. Nota-se que os versos portugueses se orientam rigorosamente na extensão dos versos alemães, buscando “equivalentes” métricos onde isso era possível (no caso da estância/ terça rima e do alexandrino). O trabalho chega à conclusão de, embora que não haja metros portugueses que “imitam” iambos e troqueus, a escolha sistemática de versos com número par de sílabas para iambos alemães e ímpar para troqueus alemães produz um efeito rítmico diferenciado. Para os metros mais alheios da versificação brasileira (Knittelvers, Freie Rhythmen) a tradutora encontrou soluções originais que se aproximam ao efeito estético do original sem ultrapassar os limites da prosódia do português do Brasil
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