EDUCAÇÃO E PANDEMIA: OUTRAS OU REFINADAS FORMAS DE EXCLUSÃO
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Autor(es): ASSIS, ANA ELISA SPAOLONZI QUEIROZ
O objetivo do artigo é problematizar discursos proferidos por professores e estudantes no âmbito dos órgãos de gestão democrática educacionais públicos, enfatizando aspectos excludentes que tendem a destacar perspectivas de inovação, proatividade e/ou sucesso. Recorre-se à argumentação conceitual, de forma a explorar as categorias analíticas que emergiram desse processo especulativo, quais sejam: necessidade, tranquilidade e facilidade. A categoria discursiva de “necessidade” é sustentada tanto a partir de discursos individualistas, como “preciso me formar”, quanto coletivistas: “importante fazer o que for possível”. Já a categoria de “tranquilidade” vem acompanhada de um discurso que pressupõe familiaridade com as ferramentas e o modelo remoto: “é intuitivo”; “é só usar”; “sempre existiu a plataforma, todos deveriam usar e saber usar”. E, por fim, a categoria da “facilidade” se pauta na generalização sem conhecimento de causa, traduzida em frases como: “mas todo mundo tem um celular hoje em dia”. Conclui-se questionando a validade dos argumentos ao exasperarem fatores de exclusão em lugar de mitigá-los.
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