Educação inclusiva: as implicações das traduções e das interpretações da Declaração de Salamanca no Brasil
Licencia: Creative Commons (by-nc)
Autor(es): Breitenbach, Fabiane Vanessa ; Honnef, Cláucia ; Costas, Fabiane Adela Tonetto
As mudanças na atual versão da Declaração de Salamanca e sua influência na
elaboração de documentos legais confirmam que educação inclusiva e Educação
Especial têm sido consideradas sinônimas em nosso país. Assim, este artigo
problematiza o conceito de educação inclusiva difundido em políticas públicas
e no contexto escolar brasileiro, a partir da primeira tradução da Declaração de
Salamanca, disponível em 1994 e reeditada em 1997, e da segunda tradução,
que hoje está disponível em meio digital no website do Ministério da Educação.
A opção metodológica envolveu a pesquisa documental e a análise documental.
A partir delas, buscamos constatar e analisar de que forma as alterações na
Declaração de Salamanca, hoje publicizada e veiculada no Brasil, colocaram a
educação inclusiva como tarefa da Educação Especial, provocando uma miscelânea
de conceitos, definições e interpretações envolvendo essas duas expressões.
Foi possível observar que as políticas públicas para a educação inclusiva e a
Educação Especial foram/estão sendo propostas tendo por base as modificações e
as interpretações dessa Declaração. As alterações aparentemente despretensiosas
na Declaração de Salamanca e a miscelânea de conceitos e definições sobre as
pessoas denominadas público-alvo da educação inclusiva e da Educação Especial
podem ter causado confusões conceituais e, certamente, conduzido o rumo da
história das políticas e pesquisas sobre essas temáticas no Brasil.
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