Entre a ciência e a política: Donald Pierson e a busca por uma sociologia científica no Brasil
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Autor(es): Marcos Chor Maio
Este artigo analisa a dimensão política contida na obra do sociólogo americano
Donald Pierson no Brasil. Ex-aluno de Robert Park na Universidade de Chicago,
Pierson desempenhou um papel importante na institucionalização das ciências
sociais no Brasil entre os anos 1930 e 1950. Embora as ambições intelectuais de
Pierson estivessem centradas em uma agenda acadêmica e ele defendesse uma estrita
separação entre ciência e política, argumentamos que uma compreensão histórica
precisa de seus esforços só pode ser alcançada por meio da análise dos pressupostos
subjacentes à sua visão sobre a natureza da ciência e da sociedade – pressupostos
esses que tinham raízes em uma perspectiva reformista e liberal-democrática do
mundo. Para trazer à luz esses valores, examinamos dois momentos-chave na
carreira de Pierson: 1) sua pesquisa de doutorado sobre relações raciais na Bahia,
realizada em meados da década de 1930; 2) seus esforços para promover o campo
da sociologia no Brasil durante a Política da Boa Vizinhança e a Segunda Guerra
Mundial, quando foi contratado para lecionar na Escola Livre de Sociologia e Política.
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