Entre substâncias e relações: formação e modernização do Brasil em Raízes e Sobrados (1936)
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Autor(es): Sergio B. F. Tavolaro
Interessado no potencial heurístico das edições inaugurais de Raízes do Brasil e de
Sobrados e Mucambos (1936), bem como em suas eventuais interlocuções com
agendas de reflexão contemporâneas, o presente artigo almeja inquirir a respeito
de suas afinidades em torno de uma questão em particular. Refiro-me a certas
ambivalências e tensões interpretativas latentes nos ensaios, alimentadas pela
coexistência de duas visadas que fazem pender as atenções de Sérgio Buarque de
Holanda e de Gilberto Freyre em direções aparentemente inconciliáveis: de um
lado, um viés internalista e substancialista da formação e modernização do país e,
de outro, uma perspectiva transacional desses processos. Na parte final do artigo,
à luz dos insights oferecidos pelo debate sociológico relacional, teço considerações
acerca das contribuições das obras para uma abordagem da vida social brasileira
sensível à miríade de conexões socio-históricas implicadas em sua formação e
adesão aos padrões de sociabilidade modernos.◊
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