Érico Verissimo na União Pan-Americana discursos 1953-1956
Editorial: Edições Makunaima
Licencia: Creative Commons (by-nc-sa)
Autor(es): Bordini, Maria da Glória
Fauri, Ana Letícia
Nos anos 1950, Erico Verissimo vivia uma situação tranquila. Com a abertura política ao fim da ditadura Vargas em 1945, não havia motivo para buscar refúgio em outro país, como fizera em 1941 e 1943, quando o regime o perseguira, vigiando-o e censurando suas atividades de escritor. As duas estadas nos Estados Unidos haviam colaborado decisivamente para seu crescimento cultural e para que as desconfianças que o cercavam, sejam da direita ou da esquerda, fossem amenizadas. Seu romance mais recente, O Resto É Silêncio, de 1943, lhe trouxera acusações do regime e a simpatia dos socialistas. Seus dois livros de viagem, Gato Preto em Campo de Neve e A Volta do Gato Preto, respectivamente de 1941 e 1946, haviam
dividido o público. Uma parte se encantara com o engenho narrativo de Verissimo no primeiro livro, enquanto outra considerava-o um ingênuo apaixonado pelos norte-americanos. O segundo livro, porém, conquistara as duas metades, uma vez que comprovava o espírito crítico do autor, sem perder seu toque magistral de contador de histórias.
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