Escola pública para os negros e os pobres no Brasil: uma invenção imperial
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Autor(es): Veiga, Cynthia Greive
Na memória da escola brasileira, a escola pública,
pelo menos nos primeiros 60 anos do século XX, era
tida em alta conta pela sociedade. Em geral, os grupos
escolares, os ginásios, cursos de científico e Escola
Normal públicos eram estabelecimentos de ensino
considerados de excelência, cujas vagas eram disputadas por exames de seleção, e freqüentados por pessoas
oriundas das classes média e alta. Dessa maneira, era
restrito o número de pessoas das classes pobres que
tinham acesso e/ou permaneciam nas escolas púbicas,
pelos mais diferentes motivos, mas principalmente
pela sua inserção precoce no mercado de trabalho.
Também a presença de negros na escola era bastante
limitada, não somente por pertencerem à camada
mais pobre da população, mas também em virtude da
conhecida questão das diferenças de oportunidades
escolares entre brancos, pardos e negros (Hasenbalg,
1979; Gonçalves, 2000).
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