Estimativa da incidência de câncer no Estado de São Paulo, Brasil, a partir de dados reais
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Autor(es): Carolina Terra de Moraes Luizaga
Cassia Maria Buchalla
Este estudo teve como objetivos avaliar a viabilidade de aplicação do método
de estimativa da incidência de câncer nas regiões do Estado de São Paulo,
Brasil, a partir de dados reais (ou seja, não estimados), e comparar, retrospectivamente, os resultados obtidos com as estimativas oficiais. Utilizou-se método baseado na mortalidade e nas razões de incidência e mortalidade (I/M),
segundo sexo, idade e localização do tumor. No numerador da I/M, utilizaram-se casos novos de câncer dos registros populacionais de Jaú e São Paulo
de 2006 a 2010; no denominador estão os óbitos de 2006 a 2010 nas respectivas áreas, extraídos do sistema de mortalidade nacional. As estimativas resultaram da multiplicação das I/M pelo número de óbitos por câncer em 2010
em cada região. Dados populacionais do Censo Demográfico de 2010 foram
usados para o cálculo de taxas de incidência. Para o ajuste por idade, utilizou-se a população padrão mundial. Calculamos diferenças relativas entre
as taxas brutas de incidência estimadas neste estudo e as oficiais. As taxas de
incidência de câncer ajustadas por idade foram de 260,9/100 mil em homens
e de 216,6/100 mil em mulheres. O câncer de próstata foi o mais incidente no
sexo masculino, e no feminino o câncer de mama. As diferenças entre as taxas
deste estudo e as oficiais foram de 3,3% e 1,5% em cada sexo. A incidência estimada mostrou-se compatível com o perfil estadual apresentado oficialmente,
indicando que a aplicação de dados reais não alterou o perfil de morbidade,
mas indicou a magnitudes de riscos distintos. Apesar da super representatividade do registro de câncer de maior cobertura populacional, o método selecionado mostrou-se viável para apontar diferentes padrões intraestaduais
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